quinta-feira, 14 de abril de 2011

"Como se dar bem na vida mesmo sendo um bosta!"

Não, isso não é um artigo de auto-ajuda. Trata-se de uma peça que estava rolando no Festival de Curitiba deste ano. Boa? Não sei!  Acho difícil... Mas vendeu pra caramba! O povo foi atraído por uma sinopse encantadora (estou sendo hipócrita) que dizia mais ou menos assim: "Esse espetáculo é bem apropriado para quem se acha um bosta e quer se dar bem na vida, ou ainda que conhece um bosta que quer se dar bem na vida."  Eu poderia ter ido, já que me considero uma bosta, mas confesso que fiquei imagindo a cara das pessoas se olhando no teatro e pensando: - "Bosta como eu!"  Constrangedor, não?! Sim, pois essa história de "conhece um bosta" é só para amenizar o constrangimento em virtude da identificação. Mas é claro, sabemos que todos que estavam presentes, eram bostas.
Mas acho que a principal razão de eu não ter ido (poderia citar milhares, mas essa soa melhor) sem dúvida foi pensar no meu suado dinheirinho sendo transferido para a carteira do diretor que montou essa bagaça, já que, certamente, o único bosta a se dar bem ali foi o diretor, que supostamente deve ter escrito e peça baseado em sua própria trajetória de vida (e não, baseado no livro do pessoal do Casseta & Planeta - de igual nome "Como o se dar bem na vida mesmo sendo um bosta!" Mera coincidência!) e ainda saiu lucrando (40 paus/ingresso!!!)

quinta-feira, 7 de abril de 2011

CRISTÃO COMO SOU???

Ouvi hoje à tarde uma notícia na CBN sobre a distribuição de cartilhas em escolas contra o preconceito aos homossexuais. Louvável. Duro foi engolir as palavras de um político contrário a distribuição das mesmas. Segundo o imbecil, isso seria uma apologia a homossexualidade. (Como assim?) E para piorar, completou algo como: " Eu como cristão que sou, não vou permitir isso!" Pobre Jesus! Se o homem morreu de fato para nos salvar, poderia estar a rolar na tumba, porque a humanidade pouco o entendeu! "Amar ao próximo! Amar ao próximo!" Não foi isso que ele pregou? Pois então! Se bem sei, discriminação além de crime, fere os próprios princípios cristãos. Vou mais além, nós homossexuais, somos vítimas de perseguição e violência física, e pelo jeito o nobre deputado desconhece isso. Pessoas são espancada, morrem por causa da opção sexual e por quê??? Quem são esses "bem comportados" homens cristão que se acham no direito de julgar o que fazemos entre quatro paredes? Porque isso os perturba tanto? Ver o amor dos outros é o que os incomoda? Sim, pois não é nada mais do que isso! Se as pessoas tivessem entendido o sentido das palavras sagradas, viveríamos num mundo melhor. Um mundo onde não exista tanta hipocrisia e pior, oriunda de nossos próprios representantes políticos. Uma vergonha! Devería ser proibido um homem preconceituoso ocupar um cargo público. Nós gays também pagamos seu salário! Merecemos respeito! Política e religião não se misturam! Ou não deveríam se misturar!

quarta-feira, 23 de março de 2011

Subway vegetariano $$

Eu não sou uma profunda conhecedora de marketing, mas essa do Subway relmente está difícil de entender. Vamos lá: sanduíche vegetariano R$ 7,85 (algo em torno disso), sanduíche de frango R$ 4,95 e uma dúvida gigantesca - quem é o vegetariano que vai pagar mais caro por um item a menos??? Ok, existem os mais abonados que pagam, mas falo do geral. Amigos meu, adéptos ao no meat, requisitaram semana passada um de frango, sem 'o frango' -  obviamente, e pasmem, a atendente não quis montar o sanduba. Disse que sem a carne, era vegetariano e portanto, o valor é outro - e maior, só para frisar! Pode isso??? A garota, que não é burra, levou o mais barato e despachou o frango - para mim, mas isso não importa. Teria ido para o lixo. E é isso. O Subway dispensa um produto desnecessariamente a troco de... de... Não sei. Bom, fica difícil acreditar que eles estejam "perdendo - perdendo", mas essa estratégia de venda é no  mínimo intrigante, não?!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Estou viva?!

Ok. Estou viva! E sem maiores explicações, dou início a uma nova postagem com um tema atualíssimo - Festival de Teatro de Curitiba, ou melhor, o público dele, porque seria antiético da minha parte publicar comentários sobre aqueles aos quais estou (temporariamente) prestando serviços. (Bom, não sei se é exatamente antiético, mas estúpido certamente seria...) Trabalho na bilheteria do Festival e, por tanto, tenho conversado bastante com o público local que procura nossa humilde ajuda na hora de escolher peças deste importante evento cultural. Opa, cultural??? Sim, cultural! Embora dia desses eu tenha escutado de um senhor muito simpático a confissão de que o teatro para ele era apenas entretenimento, sendo que jamais ele havia entendido como um meio propulsor de cultura. Eu sei que a idéia central é vender, mas "peralá": como vou escutar isso e apenas sorrir informando o valor da compra? Mas também como vou aprofundar o papo quando há uma fila de clientes impacientes esperando para abocanhar seus ingressos? No mínimo um sentimento de impotência soterra o indivíduo atras do balcão.
O pior, não é saber que o que se busca é apenas entretenimento; centenas de pessoas passam pelas bilheterias todos os dias buscando em um evento cultural, não cultura, mas uma forma de se estreitar com os ícones da televisão. "Que peça que tem global?" "Tem algum famoso?" Peça, stand up, show, seja lá o que for, se não for com artista famoso, não interessa. É triste gente! Mas essa é a mentalidade do povo. Ou deste povo, não sei!
Ainda tem os que notoriamente se culpam por não aceitar sugestões para peças do Fringe, ou seja as que não participam da mostra oficial (trazida de outros estados por curadores do festival, geralmente com famosos inclusos); alegam dar peferência aos espetáculos de fora porque os demais tem aqui o ano todo. Detalhe:o Fringe abrange companhias do país inteiro. Pergunta: quantos de fato vão ao teatro no restante do ano? Um rapaz admitiu para mim, entre sorrisos, que não ia mesmo, que era desculpa. Como se fosse preciso se desculpar comigo... Mas aposto que, como ele, a maioria não vai. Não se interessa.
O fato é que mentalidades assim são incentivada justamente pela falta de incentivo. Eu pergunto novamente: qual companhia curitibana está presente na mostra oficial? Não vale citar a Sutil do Felipe Hirsch, porque ha tempos que saiu daqui (o que certamente contribuiu para que ganhasse notoriedade, reconhecimento e um lugar na mostra). Mas Curitiba tem muita coisa boa (muita coisa ruim também) e onde está o apoio? Como assim, o Festival de Curitiba não tem um representante nas oficiais?! Ops, prometi que não faria críticas severas. Fica a deixa...

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A ARTE URBANA DE BANKSY




"Banksy é um dos cabeças-de-chave desse movimento que têm levado as ruas para dentro dos museus e a arte para transeuntes. Suas gravuras possuem um claro conteúdo político, rebelde, que se derrama em sarcasmos tão violentos quanto sutis: o soldado sendo revistado pela menininha, o guerrilheiro que joga um buquê de flores ao invés de uma bomba, a empregada varrendo a sujeira para dentro da parede, os dois assassinos de Pulp Fiction portando bananas ao invés de armas, ou portando armas, mas vestidos de bananas. São protestos que podem ser compreendidos e sentidos do mesmo modo por londrinos e colombianos, Banksy mexe com a cultura de massa, com os produtos e a miséria nossa de cada dia e depois embala tudo com tinta preta e referências à artistas contemporâneos como a fotógrafa norte-americana Diane Arbus ou o pop-artist Andy Warhol." prill santos

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

PPP - Imarginal 2008


O PPP estreou ontem na Mostra Imarginal 2008, e sem maiores comentários - foi um sucesso!Quem perdeu, aguarde! Não demora o ppp estará incitando novamente.

Destaque também para a apresentação de Peter Abudi e Inês Drummond, em "Coisas Frágeis"
O trabalho quer detectar as coisas frágeis do corpo que vem na forma de maipulação, coisas impostas ao ser, ao corpo. Muito bom!

terça-feira, 7 de outubro de 2008

MOSTRA IMARGINAL (!)

Ontem começaram as apresentações da Mostra Imarginal (!) e confesso que me surpreendi. Ao todo aconteceram 5 trabalhos - mistura de performances, teatro e música. Todos interessantes, uns mais outros menos, mas vale destacar aqui a banda Sincopé - síncopes sucessivas de suspiros sonolentos. Uma galerinha gente boa e talentosa. Rola uma mistura de elementos da música e da cultura popular que, como eles mesmo dizem, resulta numa "sonoridade única". A equipe é:

Fabiolle Longhi - Flauta doce, escaleta e gaita de boca
Isaac Dias - Violão e cavaquinho
Léo Cardoso - Percussão
Natalia Bermúdez - Voz e percussão
E se não me engano, rola ainda a Mariana Guedes, também na voz e percussão
Quem quiser ouvir, pode acessar no www.myspace.com/sincop
Lembrando que a mostra segue até sexta-feira. Hoje tem: Abra-me / Ninguém terá um fim mais heróico do que eu/ Mundo Perfumado / Molungo
Na sequencia, quarta-feira, tem o PPP. Pedro, Porcos e Putas - A Manifest Queercore
do querido Darlei Fernandes. Não é porque sou do elenco, mas vale a pena assistir. Quem puder, compareça.
E na sexta, é imperdível a performance da Rafa em A insustentável e em seguida apresentação dos amigos em Le magnifique nouvelle de La passion. No elenco Clarissa Oliveira, Rafa Poli, Ricardo Noalasco, Léo Glück, Guilhereme Marks, Renato Sbardelotto e Semyramys Monastier. Esse promete, galera!

As apresentações são na Sala Londrina - Memorial de Curitiba, com início as 19hs.
(!) A entrada é franca (!)